Contador: como conquistar maior valorização profissional?

Contador: como conquistar maior valorização profissional?

vFinalmente vejo se aproximar a realização de um sonho que me acompanha desde 1957 quando iniciei meu curso para Técnico em Contabilidade. Após pesquisar centenas de indústrias paranaenses de vários ramos e portes para cinco rankings de Maiores e Melhores S.A.s do Paraná, para o Jornal Indústria e Comércio (de 2006 a 2010), descobri, cientificamente, que 93% delas (e dos profissionais que atendem empresas no Brasil) poderiam aumentar seus ganhos, sua sustentabilidade e sua respeitabilidade.

Foram décadas de vida tentando derrubar a mais forte barreira cultural do mercado que raramente solicitou a aplicação da ciência contábil às mais de duas mil faculdades de Administração, Economia e Contábeis, que em sua maioria ensinam muito superficialmente a matéria.  Então, por tradição, raros a pedem, raros a ensinam, raros a aplicam e raríssimos a utilizam por desconhecê-la. Essa “falta de uso” gera um círculo vicioso muito prejudicial às empresas brasileiras, aos “profissionais-da-riqueza” e, consequentemente, ao país, que pela qualidade dos empresários que possui, poderia se transformar num exemplo para o mundo se aplicasse a ciência contábil com mais consistência.

Uma das consequências desse círculo atinge diretamente os profissionais da contabilidade (hoje mais de 500.000), os quais responderam a uma grande pesquisa por amostragem realizada pela FENACON – Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas. A pesquisa foi realizada em 2014 e revelou um dado muito relevante:

 

A maioria dos contadores/escritórios contábeis só trabalha com impostos

  • De acordo com a pesquisa, 59,2% dos 83.000 escritórios contábeis que atendem a milhões de empresas brasileiras não oferecem assessoria aos seus clientes;
  • Além disso, 75% dos profissionais do setor estão insatisfeitos com o retorno obtido de seus clientes em termos de valorização profissional;

Esses números, além de justificarem a desmotivação generalizada dentro do setor, podem explicar o motivo pelo qual os profissionais não se sentem estimulados para oferecerem serviços de assessoria contábil.

Uma de minhas interpretações do resultado apresentado é de que a razão principal para pouca valorização do profissional contábil é o estigma do contador de impostos. Como ser admirado, mesmo trabalhando como um louco, se os empresários o veem como alguém que todo o mês lhes traz guias e mais guias de impostos a pagar juntas a um recibo de honorários?

 

Como conquistar maior reconhecimento?

Oferecendo serviço de assessoria de gestão empresarial a todos os clientes. Fazendo isso, o contador agrega valor aos serviços oferecidos e, consequentemente, passa a ser mais valorizado pelos clientes. Isso porque uma assessoria de gestão empresarial, em última instância, ajuda o empresário a aumentar seus lucros, o que é o objetivo primordial de todos eles. E cá entre nós, isso não tem preço! Que empresário reclamaria de pagar honorários para quem o está ajudando a ganhar mais dinheiro?

Cabe então aos contadores mudar o rumo desse cenário de desmotivação e buscar soluções que agreguem valor aos seus trabalhos. A ideia é ajudar os clientes e mostrar a eles o valor do trabalho oferecido, sempre buscando soluções para aumentar seus lucros através da assessoria de gestão financeira. Está nas mãos dos próprios contadores acabar com a história de serem vistos como contadores de impostos somente.

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Prof. César Abicalaffe

É contador, economista, professor universitário e leciona cursos presenciais e a distância. Autor de diversos livros sobre contabilidade e sucesso empresarial, além de sócio do Instituto Indicare.

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  1. O MAIS TRINTE DE SER CONTADOR, DEPOIS DE 60 DIAS, MONTANDO E SPEED ECD E ECF, PARA 60 EMPRESAS, TODAS ENTREGUES DENTRO DO PRAZO ATE 30/09/2015, VOCE RECEBER DE ALGUNS CLIENTES, VOCE RECEBE INGRATIDÃO, NAO RECONHECER O TRABALHO DO CONTADOR, E DIZ VOCE COBRA MUITO CARO, VOU ACHAR OUTRO QUE COBRA BEM MENOS.É MUITO TRINTA SER CONTADOR NO BRASIL.

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