A contabilidade como instrumento de gestão

A contabilidade como instrumento de gestão

Contadores se esforçam para mostrar que são mais do que apagadores de incêndio e valorizam, cada vez mais, caráter estratégico da função.

Preencher formulários, calcular tributos e informar quando o governo cria uma norma que precisará ser cumprida em breve são alguns dos serviços corriqueiros que os contadores prestam no dia a dia aos seus clientes. No entanto, essas nem de longe estão entre as tarefas que os profissionais de contabilidade mais consideram relevantes.

“É claro que é preciso ser eficiente no cumprimento de leis, na apuração de dados, mas os contadores não podem mais se contentar em ser meros apagadores de incêndio e fazedores de DARF”, alerta Valter Padovani, Gestor Contábil e RH /Accounting Manager Department da Albatroz Assessoria Contábil.

“O contador moderno precisa mostrar a seu cliente que pode contribuir produzindo informações de qualidade. Quando bem utilizadas, elas se transformam num precioso instrumento de gestão”, defende.

Fazer com que os clientes percebam o trabalho do contador como algo de caráter estratégico – e não apenas como cumprimento de normas e entregas de documentos -, não é trivial, admitem profissionais da área.

“O governo vem conseguindo ampliar a arrecadação bem como agilizar processos por meio de sua inteligência fiscal e tecnológica. O problema é que grande parte das empresas não se adaptou a esta nova realidade e ainda está na fase de enviar todas as notas, extratos e documentos ao contador para que sejam lançados”, exemplifica Marcelo Menato, Diretor da Conteto Serviços Contábeis.

Para ele, ao sobrecarregar o trabalho dos contadores, os clientes são os que mais saem perdendo. Afinal, quando têm de lançar todos os documentos de ordem fiscal, trabalhista e financeira de uma companhia, os profissionais de contabilidade investem muito do seu tempo.

“A consequência é que fica mais difícil fornecer informações e análises de qualidade, e o tratamento contábil fica prejudicado, mais pobre”, pondera Menato.

Padovani e Menato concordam também em outro ponto: adotar um software de gestão, como o oferecido pelo Nibo, é fundamental para escritórios de contabilidade que pretendem ampliar a carteira de clientes sem perder a qualidade no atendimento.

 

Luciano Feltrin

Jornalista especializado em finanças, negócios e contabilidade. Foi repórter dos jornais Gazeta Mercantil, Diário Comércio e Indústria (DCI), Diário do Grande ABC, além de repórter especial e editor do jornal Brasil Econômico. Atualmente, trabalha como repórter freelancer e dá aulas de jornalismo econômico na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

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  1. Temos uma missão infinitamente delicada, envolvendo Patrimônio/Finanças/gestão pessoal/fiscal e outras além da responsabilidade técnica por todos os fundamentos necessários ao bom desempenho das empresas. Assim, não há lugar comum para o equivocado raciocínio sobre Darf’s e apuração dos mesmos. O conceito neste momento, é de indução permanente à preservação da saúde financeira das organização, o que eleva a categorias aos píncaros das evoluções sociais progressivas.
    Grato;
    Dácio Monteiro

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